O Grande Mito: “Mais cálcio, ossos mais fortes”
Durante décadas, a indústria de suplementos e campanhas de saúde pública repetiram a ideia de que tomar cálcio era essencial para prevenir a osteoporose. Porém, o cálcio por si só não resolve o problema. A perda óssea é influenciada por outros fatores, como:
- Inflamação crônica
- Estresse oxidativo
- Desequilíbrio hormonal
- Processo de remodelação óssea desregulado.
- Má alimentação, conservantes e processados.
Além disso, a forma mais comum de cálcio em suplementos (carbonato de cálcio) pode se acumular nas artérias, aumentando o risco de problemas cardíacos e cálculos renais.
O Perigo dos Suplementos em Excesso
Estudos mostram que altas doses de cálcio em comprimidos podem causar calcificação arterial e infartos, além de não serem tão eficazes para prevenir fraturas como se pensava. Em diabéticos tipo 2, por exemplo, o risco de problemas cardiovasculares foi 42% maior entre os que tomavam suplementos de cálcio. Medicamentos fortes também não estão livres de efeitos colaterais graves, como:
- Fraturas atípicas do fêmur
- Necrose da mandíbula
O Poder da Azeitona
Ao contrário do cálcio isolado, os polifenóis presentes nas azeitonas e no azeite extravirgem (EVOO) têm múltiplas ações no organismo:
- Combatem inflamações que enfraquecem os ossos
- Atuam como antioxidantes, protegendo as células ósseas
- Reequilibram o ciclo de formação e reabsorção óssea
- Direcionam células-tronco da medula para virar osso, não gordura
- Agem como um "estrogênio natural leve", sem os riscos dos hormônios sintéticos
Essas ações combinadas tornam a azeitona uma aliada natural no combate à osteoporose, respeitando o fato de que os ossos são tecidos vivos, e não apenas estruturas rígidas.
Banco de dados GreenMedInfo - as 10 principais descobertas
(Tudo proveniente do
PDF de pesquisa inteligente "Olive" de 557 artigos baixado do banco de dados GreenMedInfo.com por meio do
recurso de associação profissional). Aqui estão as
10 principais descobertas revisadas por pares:
1. Extrato de folha de oliveira reduz inflamações ligadas à aterosclerose e perda óssea
Esse extrato conseguiu inibir substâncias inflamatórias que causam acúmulo de placas nas artérias (aterosclerose). Curiosamente, essas mesmas substâncias também ativam células que destroem os ossos (osteoclastos). Ou seja, ao combater a inflamação, o extrato protege tanto o coração quanto os ossos.
2. Hidroxitirosol aumentou a densidade óssea em camundongos com osteoporose induzida
O hidroxitirosol, um composto antioxidante das azeitonas, aumentou a densidade mineral óssea (DMO) em apenas 28 dias em camundongos com osteoporose simulada. Isso mostra seu potencial real para fortalecer os ossos em pouco tempo.
3. Oleuropeína reduz a atividade de enzimas que “roem” os ossos
A oleuropeína, outro composto da azeitona, bloqueou diretamente uma enzima ligada à destruição óssea, chamada fosfatase ácida resistente ao tartarato. Isso indica um efeito anti-osteoclasto, ou seja, ajuda a diminuir a perda de massa óssea.
4. Tirosol e hidroxitirosol combatem o estresse oxidativo e evitam perda de cálcio
Esses dois compostos antioxidantes reduziram marcadores de oxidação (isoprostanos) e previniram a perda de cálcio nos ossos em ratos com inflamação artificial. Em resumo: eles protegem os ossos dos danos causados por inflamação e oxidação.
5. Resíduos da produção de azeite também são terapêuticos
Mesmo o "lixo" da produção de azeite (águas residuais) ajudou a preservar a densidade óssea do fêmur em estudos com dietas contendo apenas 0,0425% desse resíduo. Isso sugere que até os subprodutos da azeitona têm valor medicinal.
6. Compostos do azeite regulam genes protetores dos ossos, sem afetar os hormônios
Os fenólicos do azeite extra-virgem agiram nos mesmos genes ativados pelo estrogênio, protegendo os ossos sem os riscos de terapia hormonal sintética. Uma alternativa natural com efeitos semelhantes aos dos hormônios femininos, mas mais segura.
7. Oleuropeína transforma células-tronco em construtoras de osso, não gordura
Em vez de virar células de gordura, as células-tronco da medula óssea foram redirecionadas para se tornarem células que formam osso (osteoblastos). Isso ajuda a manter os ossos mais densos e fortes com o envelhecimento.
8. Hidroxitirosol reduziu citocinas inflamatórias em estudo com fígado — e protege os ossos também
Esse composto reduziu IL-6 e TNF-α, duas substâncias inflamatórias que causam tanto dano ao fígado quanto perda óssea. A redução dessas citocinas também beneficia a saúde do esqueleto.
9. Polifenóis da azeitona melhoram o equilíbrio do cálcio nos ossos de mulheres na pós-menopausa
Esses compostos diminuíram o estresse oxidativo em mulheres após a menopausa e ajudaram na ativação da osteocalcina, uma proteína que ajuda o cálcio a se fixar nos ossos. Resultado: ossos mais saudáveis e menos frágeis.
10. Oleuropeína aumentou a longevidade e resistência ao estresse em vermes
Em um estudo com vermes C. elegans, a oleuropeína aumentou a expectativa de vida e a resistência ao estresse, o que sugere um efeito anti-envelhecimento geral, com reflexos positivos também na saúde óssea a longo prazo.
Como aplicar na vida real?
Sugestão prática de refeição para os ossos:
- Salada com couve, anchova, azeite extravirgem (3 colheres de sopa)
- Amêndoas torradas
- Um pouco de natto (rico em vitamina K2)
- Uma xícara de caldo de ossos caseiro
Além disso, nutrientes como vitamina K2, magnésio e boro atuam em sinergia com os compostos da azeitona para melhorar a fixação do cálcio nos ossos e não nas artérias.
Conclusão
O modelo tradicional trata os ossos como concreto que precisa de mais cálcio. Mas a ciência mostra que os ossos são tecidos vivos, que precisam de equilíbrio, nutrientes certos e proteção contra inflamações.
E é aí que entram as azeitonas e o azeite de oliva: um alimento funcional, natural e seguro, capaz de cuidar da saúde óssea de forma completa e sem riscos. Antes de partir para os remédios, talvez seja hora de ouvir os conselhos da sabedoria mediterrânea — e colocar mais azeite no prato.