Perigo Oculto: Exames médicos estão ligados a câncer de sangue em crianças, alertam pesquisadores

Página inicial | Ciência | O novo estudo não é apenas um dado estatístico — é um alerta urgente para pais, médicos e autoridades de saúde.
Perigo Oculto: Exames médicos estão ligados a câncer de sangue em crianças, alertam pesquisadores

Um estudo publicado no New England Journal of Medicine revelou que exames de imagem amplamente utilizados em hospitais, como tomografias computadorizadas e raios-X, podem estar ligados a até 1 em cada 10 casos de câncer de sangue em crianças. A pesquisa acompanhou quase 4 milhões de crianças nos Estados Unidos e no Canadá e acendeu um alerta sobre os riscos da exposição à radiação em pacientes pediátricos.

Os dados mostraram que uma única tomografia de crânio pode aumentar em 80% o risco de desenvolvimento de câncer, enquanto múltiplas tomografias chegam a triplicar esse perigo. Os pesquisadores destacam que as crianças são mais vulneráveis que os adultos devido à rápida divisão celular e à expectativa de vida mais longa, o que amplia a possibilidade de mutações se desenvolverem ao longo dos anos.

Apesar das evidências, não existem regulamentações federais nos Estados Unidos que limitem a quantidade de radiação a que uma criança pode ser exposta durante exames de imagem. Especialistas lembram que, no passado, os raios-X foram usados de forma indiscriminada para condições como acne, acompanhamento de gravidez e amígdalas aumentadas, até que se comprovou a relação com câncer.

Segundo a Dra. Rebecca Smith-Bindman, autora principal do estudo, os exames de imagem continuam sendo importantes ferramentas médicas, mas precisam ser usados com mais cautela:

“Embora as imagens médicas possam salvar vidas, nossas descobertas ressaltam a necessidade crítica de avaliar cuidadosamente e minimizar a exposição à radiação durante as imagens pediátricas para proteger a saúde das crianças a longo prazo.”

Exames desnecessários preocupam


O estudo também aponta que muitos exames são solicitados sem real necessidade, motivados por conveniência, rotina hospitalar, medo de processos judiciais ou até incentivos financeiros. Nesse cenário, exames como ultrassom e ressonância magnética, que não utilizam radiação, acabam sendo subutilizados.

Exposição acumulada


Além dos exames médicos, as crianças estão expostas diariamente a outras fontes de radiação e toxinas, como viagens aéreas (radiação cósmica), uso frequente de eletrônicos, scanners de segurança em aeroportos e poluentes ambientais. Isoladamente, esses fatores podem parecer inofensivos, mas combinados com exames médicos, aumentam a carga total de exposição.

Orientações para pais


Os pesquisadores orientam famílias a questionarem a real necessidade de cada exame médico e, sempre que possível, pedirem alternativas seguras, como ultrassonografia ou ressonância magnética. Também recomendam que hospitais utilizem protocolos de baixa dose específicos para crianças.

A pesquisa reforça que, embora alguns exames sejam indispensáveis para diagnóstico e prevenção de doenças graves, a decisão de expor crianças à radiação deve ser tomada com critério.

🔔 Assine nossa newsletter e receba conteúdos exclusivos

Atualizações sobre saúde, bem-estar e descobertas científicas que não estão na grande mídia — direto no seu WhatsApp, Telegram ou e-mail.

Escolha como prefere receber:

🔒 milhares de leitores já assinaram. Conteúdo 100% livre de spam.

Postar um comentário

0 Comentários

Este blog usa cookies e outros serviços para melhorar sua experiência, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao usar nosso site, você concorda com nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.