Governos ao redor do mundo estão acelerando a implementação de sistemas de identificação digital sob o pretexto de modernização e prevenção de fraudes. Enquanto governos ao redor do mundo aceleram sistemas de identificação digital, o Brasil também caminha nessa direção, com projetos que podem afetar liberdade e privacidade dos cidadãos. Do Vietnã ao Reino Unido, da União Europeia aos Estados Unidos, o debate sobre conveniência versus vigilância em massa se torna cada vez mais urgente.
Em países como Vietnã, 86 milhões de contas bancárias foram desativadas repentinamente para forçar conformidade com IDs digitais. No Reino Unido, o primeiro-ministro Keir Starmer defende IDs digitais vinculadas ao emprego, enquanto a União Europeia planeja a adoção total de identidades digitais até 2030. O Fórum Econômico Mundial promove IDs digitais como ferramenta de transformação econômica.
O Brasil e a Identificação Digital
No Brasil, a discussão sobre identificação digital já ocorre com o avanço do Cadastro Único Digital e propostas de carteira de identidade digital, rastreamento e reconhecimento facial, entre outros. Oficialmente, os sistemas prometem maior eficiência e segurança, mas críticos alertam para riscos de controle excessivo e vulnerabilidade de dados pessoais.
O avanço de sistemas digitais e biométricos de identificação no país, somado as propostas de moeda digital do Banco Central (CBDC), pode criar cenários em que transações e acesso a serviços estejam vinculados a IDs digitais, aumentando a dependência tecnológica e diminuindo a autonomia do cidadão.
O sistema vem se infiltrando aos poucos
Embora esse ID seja opcional para começar, prevemos que o governo começará imediatamente a mudar a lei, como acontece com a Lei de Segurança Online, para exigir que todos os provedores exijam que os usuários se registrem com uma ID digital para acessar seus serviços. Isso inclui;
- Serviços de utilidade pública, provedores de serviços de Internet, assinaturas de TV digital, energia.
- Aplicativos de mídia social, mensagens, perfis de dispositivos móveis
- Médicos e Consultas Hospitalares, Serviços de Saúde, Aplicativo do governo, saúde, bancos, etc.
- Abrindo uma conta bancária, começando a trabalhar, obtendo contratos de crédito
- Viagens terrestres, viagens aéreas, compras de combustível
- Cartões da loja, compras, compras online
Assim que você usar sua ID Digital para acessar o acima, o governo terá acesso a todos esses dados e os trará para o seu perfil digital.
Isso já começou;
- As empresas de mídia social dentro da Lei de Segurança Online atualizada agora são obrigadas a fornecer seus dados ao governo sobre os usuários, se necessário.
- Tentativa contínua de forçar a Apple a fornecer acesso backdoor aos backups do usuário.
- Novos diretores de empresas agora precisam de identificação digital.
O Vietnã e o Controle Rápido
Recentemente, o Vietnã desativou 86 milhões de contas bancárias de forma repentina, exigindo conformidade com seu sistema nacional de identificação digital. Movimentos similares ocorrem na Tailândia e em outros países asiáticos, vinculando transações financeiras diretamente às IDs digitais emitidas pelo Estado.
O Reino Unido e a Adoção Coercitiva
No Reino Unido, o primeiro-ministro Keir Starmer defende a criação de identificações digitais vinculadas ao emprego, sinalizando um futuro em que a adoção voluntária pode se tornar obrigatória. Críticos alertam que a medida pode restringir acesso a serviços essenciais e transformar a identificação digital em ferramenta de controle.
A União Europeia e o WEF
A UE planeja que todos os cidadãos tenham IDs digitais até 2030 através da EUDI Wallet, sistema móvel de identidade digital. O Fórum Econômico Mundial também promove IDs digitais como ferramenta de transformação econômica, mas especialistas alertam para riscos de vigilância em massa e penalidades automatizadas por comportamento não alinhado.
Perigos das IDs Digitais e CBDCs
Especialistas como o economista Doug Casey alertam que IDs digitais provavelmente serão emparelhadas a moedas digitais do banco central (CBDCs), permitindo restrições punitivas, como cotas de carbono, bloqueios financeiros ou sanções por dissidência. Ele observa: “Dinheiro é liberdade – identidades digitais são o primeiro passo na vigilância em massa do Estado.”
No Brasil, órgãos de proteção de dados, como a ANPD, já destacam que sistemas centralizados de identificação digital aumentam o risco de violação de privacidade, roubo de identidade e monitoramento estatal excessivo.
Carteiras de motorista digitais, programas biométricos em aeroportos e propostas de CBDC estão pavimentando o caminho para rastreamento obrigatório. Inteligência artificial e computação quântica acelerarão a vigilância, tornando a resistência cada vez mais difícil. Ao mesmo tempo, alternativas descentralizadas como Bitcoin e sistemas financeiros privados oferecem meios de contornar o controle centralizado.
Resistência e Estratégias de Liberdade
Organizações e ativistas pelo mundo destacam a necessidade de manter a privacidade e a autonomia:
- Aprender sobre criptomoedas e Bitcoin para contornar sistemas financeiros controlados.
- Manter ouro e prata físicos fora do sistema bancário.
- Desenvolver habilidades autossuficientes para operar de forma independente.
Conclusão: Escolha entre Conveniência e Liberdade
As IDs digitais prometem conveniência, mas o histórico mostra que sistemas voluntários rapidamente podem se tornar obrigatórios. Dos fechamentos de contas no Vietnã às propostas de adoção vinculada ao emprego no Reino Unido, a tendência global é clara: governos buscam maior supervisão sobre a vida dos cidadãos. A pergunta que permanece é: os cidadãos aceitarão esses sistemas ou resistirão antes que seja tarde demais?
O Brasil ainda está em estágio inicial na adoção massiva de IDs digitais, mas os sinais globais sugerem uma tendência de controle crescente sobre a vida digital e financeira dos cidadãos. A escolha está entre conveniência tecnológica e proteção da liberdade individual. A história mostra que sistemas voluntários podem rapidamente se tornar obrigatórios, e a reflexão crítica é essencial para que a sociedade não abra mão da autonomia sem perceber.
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