Tinta Mortal: 90% da tinta de tatuagem contém produtos químicos que podem causar danos aos órgãos, segundo estudo

Estudo revela que 90% da tinta de tatuagem contém produtos químicos que causam DANOS AOS ÓRGÃOS
Tinta Mortal: 90% da tinta de tatuagem contém produtos químicos que causam danos aos órgãos, segundo estudo
Um recente estudo publicado na revista científica Analytical Chemistry revelou que mais de 90% das pessoas que fazem tatuagens podem estar se expondo involuntariamente a produtos químicos potencialmente nocivos presentes nas tintas utilizadas no processo. As substâncias, muitas delas associadas a danos aos órgãos e reações alérgicas, nem sempre são listadas nos rótulos dos produtos, o que levanta preocupações sobre a segurança e transparência da indústria.

Realizado por pesquisadores da Universidade de Binghamton, em Nova York, o estudo analisou 54 amostras de tintas de tatuagem provenientes de nove fabricantes sediados nos Estados Unidos. Os resultados mostraram a presença de pelo menos 45 compostos diferentes que não constavam na lista de ingredientes informada pelos fabricantes.

Segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), cerca de um terço da população americana possui ao menos uma tatuagem, com maior concentração entre adultos entre 30 e 49 anos. A popularização desse tipo de arte corporal torna ainda mais relevante a discussão sobre os riscos à saúde decorrentes do uso de produtos inadequados ou pouco regulamentados.

Ingredientes ocultos e contaminantes


Entre os componentes encontrados, destacam-se o polietilenoglicol , substância associada a casos de necrose renal e frequentemente usada como agente espessante para facilitar a aplicação da tinta; e o propilenoglicol , identificado como o alérgeno do ano pela Sociedade Americana de Dermatite de Contato (ACDS) em 2018. Cerca de 15 tintas testadas continham essa última substância, que pode causar eczema e outras reações dermatológicas.

Além disso, foi detectada a presença de 2-fenoxietanol , conservante usado em cosméticos, mas que tem sido ligado à disfunção do sistema nervoso em bebês. Outro achado inesperado foi o antibiótico propilenoglicol , não declarado nos rótulos, possivelmente adicionado para prevenir infecções durante o uso da tinta.

Kelli Moseman, uma das químicas envolvidas na pesquisa, explicou que as tintas de tatuagem são absorvidas pelos macrófagos — células do sistema imunológico responsáveis por "segurar" a cor na pele. No entanto, impurezas nessas tintas podem escapar para a corrente sanguínea, espalhando-se pelo corpo e aumentando o risco de complicações sistêmicas.

Riscos além da pele


O estudo também ressalta alertas já emitidos anteriormente por dermatologistas: tatuagens podem dificultar a detecção precoce de câncer de pele e carregam impurezas que ampliam os riscos de inflamações, inclusive nos gânglios linfáticos, prejudicando o sistema imunológico.

Dr. Marc Everett, cirurgião plástico de Nova York, já havia chamado atenção para esses impactos, especialmente quanto ao comprometimento da capacidade do corpo de combater infecções.

Apelo por regulamentação


Dr. John Swierk, líder da pesquisa, afirmou que este é o primeiro estudo abrangente a analisar especificamente tintas comercializadas nos EUA, incluindo seus pigmentos e agentes transportadores. Segundo ele, embora a amostragem tenha sido limitada a seis tintas por fabricante, há razões para acreditar que o problema afeta outros produtos não avaliados.

“Estamos tentando destacar que existem deficiências na fabricação e rotulagem das tintas de tatuagem”, disse Swierk. Ele concluiu apelando para que artistas e clientes usem essas informações para pressionar por uma maior transparência e qualidade nos produtos utilizados.

Com a crescente demanda por tatuagens, o estudo serve como um importante alerta tanto para consumidores quanto para profissionais do setor, reforçando a necessidade de regulamentação mais rigorosa e informação clara sobre os ingredientes usados nas tintas.

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