Estudo revela conexão entre disfunção da tireoide e supercrescimento bacteriano intestinal

Epidemia oculta: doença da tireoide desencadeia aquisição bacteriana intestinal
Estudo revela conexão entre disfunção da tireoide e supercrescimento bacteriano intestinal

Uma descoberta revolucionária do Cedars-Sinai Medical Center, apresentada no ENDO 2025, revelou uma conexão alarmante entre hipotireoidismo e o supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SIBO), uma condição que pode causar sérios problemas digestivos e autoimunes. 

O estudo aponta que pessoas com hipotireoidismo têm um risco 220% maior de desenvolver SIBO, com prevalência ainda maior em pacientes com tireoidite autoimune, como a doença de Hashimoto.

A doença de Hashimoto, também conhecida como tireoidite de Hashimoto, é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca as células da tireoide, levando a uma inflamação. Isso pode resultar em hipotireoidismo, onde a tireoide não produz hormônios suficientes para regular as funções do corpo.

A epidemia silenciosa do SIBO


Liderado pelo Dr. Ruchi Mathur, diretor do Centro de Educação e Tratamento Ambulatorial de Diabetes do Cedars-Sinai, o estudo analisou amostras de fluido intestinal de 372 participantes usando sequenciamento de DNA. Os resultados mostram que 33% dos pacientes com hipotireoidismo tinham SIBO, contra apenas 15% em indivíduos saudáveis. 

Além disso, o risco de desenvolver a condição ao longo de 10 anos é 2,2 vezes maior para quem tem disfunção da tireoide e 2,4 vezes maior para aqueles com tireoidite autoimune.O SIBO, caracterizado pelo crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado, pode desencadear sintomas como inchaço, diarreia, má absorção de nutrientes, névoa cerebral e até depressão. 

A conexão com a tireoide sugere que a desaceleração metabólica causada pelo hipotireoidismo cria um ambiente propício para o desequilíbrio bacteriano, que, por sua vez, pode agravar condições autoimunes e inflamações.

Impactos e consequências


A Dra. Margaret Wei, coautora do estudo, destacou que a descoberta pode levar a tratamentos mais personalizados e intervenções precoces. No entanto, milhões de pacientes com sintomas digestivos inexplicáveis continuam sem diagnóstico adequado, já que muitos médicos desconhecem essa relação. A disfunção da tireoide, combinada com o SIBO, pode desencadear um efeito dominó, incluindo:

  • Intestino permeável, aumentando sensibilidades alimentares e inflamação;
  • Deficiência nutricional, privando a tireoide de minerais essenciais como iodo, selênio e zinco;
  • Reações autoimunes, com o sistema imunológico atacando tecidos saudáveis;
  • Problemas neurológicos, como névoa cerebral, devido a toxinas bacterianas.

Soluções e abordagens complementares


Enquanto a medicina convencional começa a explorar essa conexão, profissionais de saúde holística já utilizam estratégias integrativas. Eles recomendam:

  • Revisão alimentar: Eliminar glúten, laticínios e alimentos processados que irritam o intestino;
  • Suplementação: Nutrientes como L-glutamina, probióticos e caldo de osso para reparar a mucosa intestinal;
  • Antimicrobianos naturais: Compostos como óleo de orégano e berberina para equilibrar a microbiota;
  • Testes abrangentes: Exames detalhados de tireoide (T3 reverso, anticorpos) e testes de respiração para SIBO.

Essa descoberta destaca a importância de uma abordagem integrada no tratamento de doenças da tireoide e problemas digestivos. Pacientes com sintomas persistentes devem buscar profissionais que investiguem além dos protocolos convencionais, considerando a conexão tireoide-intestino. A conscientização sobre o SIBO e testes mais completos pode ser a chave para melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas.
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