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Antidepressivos comuns estão ligados a danos cardíacos, ganho de peso e riscos metabólicos, revelam estudos

medicina | Os antidepressivos causam ganho de peso clinicamente significativo e alterações na frequência cardíaca
Antidepressivos comuns estão ligados a danos cardíacos, ganho de peso e riscos metabólicos, revelam estudos

Por décadas, a indústria farmacêutica e o establishment médico sustentaram a ideia de que a depressão é apenas um “desequilíbrio químico” corrigível por meio de pílulas. Essa narrativa reducionista — fortemente promovida por campanhas publicitárias e pela psiquiatria moderna — simplifica o sofrimento humano e ignora suas raízes fisiológicas, ambientais e nutricionais. 

Agora, estudos recentes estão revelando um lado sombrio dessa abordagem: os antidepressivos não apenas falham em resolver as causas subjacentes da depressão, como também causam sérios danos à saúde cardiovascular e metabólica.

Estudo do The Lancet expõe riscos cardíacos e metabólicos

Uma meta-análise publicada no The Lancet Psychiatry — envolvendo mais de 58 mil participantes de 151 estudos — revelou que antidepressivos comuns estão associados a ganho de peso significativo, aumento da frequência cardíaca e alterações metabólicas.

Entre os medicamentos analisados, a maprotilina foi a que mais causou ganho de peso, com média de quase 2 kg em oito semanas — o que se projeta para mais de 10 kg por ano. Já a nortriptilina aumentou a frequência cardíaca em cerca de 14 batimentos por minuto, enquanto a fluvoxamina reduziu em 8 bpm. Segundo atualizados revela que cada aumento de um batimento por minuto na frequência cardíaca está ligado a um risco 3% maior de mortalidade por todas as causas em homens acima de 50 anos.

Consequências cardiovasculares e metabólicas graves

Essas alterações aparentemente pequenas acumulam-se ao longo do tempo, provocando obesidade, resistência à insulina, aumento da pressão arterial e risco elevado de infarto. Além disso, usuários de antidepressivos têm maior incidência de síndrome metabólica, um conjunto de condições que inclui ganho de gordura abdominal e disfunção glicêmica.

Além disso, o Molecular Psychiatry alertou que o uso prolongado desses medicamentos altera a função mitocondrial — comprometendo a energia celular e contribuindo para fadiga crônica, inflamação e envelhecimento precoce.

A falsa narrativa do “desequilíbrio químico”

A ideia de que a depressão resulta apenas da deficiência de serotonina foi refutada por uma revisão sistemática da University College London. O estudo concluiu que não há evidências científicas de que baixos níveis de serotonina causem depressão. Mesmo assim, milhões de pessoas continuam a ser medicadas com drogas que alteram artificialmente os neurotransmissores — muitas vezes piorando o quadro geral de saúde.

No Brasil, o uso de antidepressivos disparou nos últimos anos. Segundo dados do portal CNN, houve aumento de mais de 12% comparando dados de junho de 2023 a maio de 2024 com junho de 2024 a maio de 2025, colocando o país entre os maiores consumidores do mundo. Entretanto, os efeitos colaterais graves raramente são discutidos abertamente com os pacientes.

As causas fisiológicas e ambientais ignoradas pela psiquiatria

A medicina moderna frequentemente ignora as origens bioquímicas e ambientais da depressão. Pesquisas indicam que disfunções intestinais, deficiências nutricionais, inflamação crônica e sobrecarga tóxica estão profundamente ligadas aos distúrbios de humor.

  • Toxinas ambientais: metais pesados, pesticidas e plásticos afetam a função neurológica e hormonal (National Library of Medicine).
  • Saúde intestinal: 90% da serotonina é produzida no intestino; quando há disbiose, inflamação e permeabilidade intestinal, surgem sintomas depressivos (Frontiers in Neuroscience).
  • Deficiências nutricionais: baixos níveis de vitaminas B12, D3, magnésio e ômega-3 reduzem a produção de neurotransmissores e aumentam a inflamação cerebral (PubMed).
  • Inflamação crônica: alimentos ultraprocessados e disfunção hepática aumentam citocinas inflamatórias que afetam o humor (Journal of Inflammation Research).

Abordagens naturais e restaurativas

Ao invés de mascarar sintomas com fármacos, uma estratégia mais segura e duradoura é abordar as causas fisiológicas subjacentes. Médicos e nutricionistas funcionais recomendam terapias que promovem desintoxicação, equilíbrio hormonal e suporte nutricional:

  • Desintoxicação hepática: uso de cardo-mariano, glutationa e N-acetilcisteína para eliminar toxinas.
  • Saúde intestinal: probióticos, alimentos fermentados e caldo de ossos para restaurar a microbiota.
  • Suplementação essencial: vitamina D3, ômega-3, magnésio e vitaminas do complexo B metiladas (Nutrients Journal).
  • Fitoterápicos adaptógenos: ashwagandha, ginseng e maca ajudam a regular o estresse e os níveis de cortisol.

Reflexão final

A crescente medicalização da tristeza humana criou uma geração de pessoas dependentes de antidepressivos que muitas vezes não curam — apenas substituem uma dor emocional por um corpo adoecido. O verdadeiro caminho para a saúde mental passa pela reconexão entre corpo, mente e ambiente. Precisamos questionar modelos médicos que priorizam lucro sobre cura e exigir uma psiquiatria que respeite a biologia humana em sua complexidade.

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