A Sonolência Está Ligada a Demência na Idade Avançada: Diz Estudo

Estudos anteriores mostraram uma ligação entre distúrbios do sono e o risco de demência”, disse a autora principal do estudo, Victoire Leroy
A Sonolência Está Ligada a Demência na Idade Avançada: Diz Estudo

À medida que envelhecemos, a sonolência excessiva durante o dia pode ser algo mais do que apenas um incômodo temporário. Um novo estudo revelou uma conexão preocupante entre a fadiga diurna em idosos e o aumento do risco de condições cognitivas, como a demência. 

Se você tem notado dificuldades para se manter acordado ou falta de entusiasmo nas atividades diárias, é importante prestar atenção a esses sinais. Eles podem indicar um risco maior de desenvolver a síndrome de risco cognitivo motor (SRCM), uma condição que pode preceder a demência.

No entanto, ter muito sono durante o dia pode ser consequência de uma má qualidade do sono, consumo de alimentos ou plantas medicinais com propriedades relaxantes ou uso de alguns medicamentos. No entanto, o sono excessivo pode ser também sinal de depressão, narcolepsia, hipotireoidismo ou apneia do sono.

O Que é a Síndrome de Risco Cognitivo Motor (SRCM)?


A SRCM é uma condição observada em idosos que, embora ainda não tenham demência ou problemas de mobilidade severos, começam a apresentar lentidão na caminhada e dificuldades de memória. 

Estudo publicado na Neurology demonstrou que 35,5% dos idosos com sonolência excessiva e falta de energia diurna desenvolveram SRCM, em comparação com apenas 6,7% daqueles sem esses sintomas. Este dado revela como a fadiga pode ser um alerta precoce para problemas cognitivos mais graves, incluindo a demência.

O Estudo e Seus Achados


O estudo acompanhou 445 adultos com idade média de 76 anos entre 2011 e 2018. Durante o período de monitoramento, os participantes registraram seus padrões de sono, respondendo a questões sobre qualidade do sono, tempo para adormecer, durabilidade do sono e qualquer dificuldade em permanecer acordado durante o dia. Os pesquisadores observaram que, entre todos os fatores analisados, somente a disfunção diurna (sentir-se sonolento e sem motivação durante o dia) foi associada a um risco 3,3 vezes maior de desenvolver SRCM.

Isso sugere que, embora uma boa noite de sono seja essencial para o bem-estar geral, problemas específicos com o sono durante o dia, como sonolência constante e falta de entusiasmo, podem ser precursores mais fortes para problemas cognitivos.

O Papel do Sono na Saúde Cerebral


O estudo também explora como a qualidade do sono pode influenciar a saúde do cérebro. Durante o sono, o cérebro realiza processos de "limpeza", removendo toxinas que podem se acumular e afetar a função cognitiva. A falta de sono adequado pode aumentar a acumulação de proteínas associadas a doenças como Alzheimer, além de ativar inflamações no cérebro que podem estar ligadas ao desenvolvimento de demência. Por isso, melhorar a qualidade do sono pode ser uma das estratégias mais eficazes para prevenir o declínio cognitivo.

O Que Isso Significa Para Você?


Se você está percebendo que a sonolência diurna está afetando seu dia a dia, é essencial discutir isso com seu médico. Conversar sobre seus hábitos de sono e a possibilidade de realizar um estudo do sono pode ajudar a detectar problemas precoces que podem ser tratados. O tratamento de distúrbios do sono, como insônia ou apneia do sono, pode não apenas melhorar a qualidade de vida, mas também reduzir significativamente os riscos de condições mais graves, como a demência.

Além disso, adotar um estilo de vida saudável é fundamental para proteger o cérebro à medida que envelhecemos. Isso inclui:

  • Manter uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes que favorecem a saúde cerebral.
  • Praticar atividades físicas regularmente, que estimulam tanto o corpo quanto a mente.
  • Fazer exames auditivos, pois a perda auditiva não tratada pode aumentar o risco de declínio cognitivo.
  • Evitar quedas, um problema comum entre idosos, e que pode ser mitigado com adaptações no ambiente e terapia física.

O Caminho Para a Prevenção


Embora a genética tenha um papel importante no risco de desenvolver demência, muitos fatores de risco podem ser modificados ao longo da vida. Ter uma boa qualidade de sono, cuidar da saúde mental e física, e buscar ajuda profissional ao detectar sinais de fadiga excessiva ou problemas de mobilidade são passos importantes para manter a saúde cerebral na terceira idade.

O estudo de Victoire Leroy, autora principal da pesquisa, e sua equipe, aponta a importância da intervenção precoce. Identificar e tratar problemas de sono pode ser um dos caminhos mais eficazes para prevenir o desenvolvimento de demência. Em conjunto com hábitos saudáveis, isso pode fazer toda a diferença na qualidade de vida dos idosos.

Se você ou alguém próximo está enfrentando dificuldades relacionadas ao sono ou aos primeiros sinais de declínio cognitivo, não hesite em buscar orientação médica. Cuidar da saúde cerebral nunca foi tão importante.

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