Não faz muito tempo que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, em 26 de março de 2025, a interdição de todas as pastas de dente do modelo Colgate Clean Mint no Brasil devido a "relatos de eventos adversos". A medida reflete preocupações com a segurança do produto, embora detalhes específicos sobre os eventos não tenham sido divulgados.
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As descobertas, publicadas nesta semana, expõem uma ameaça silenciosa à saúde pública, especialmente para crianças, cujos cérebros em desenvolvimento são mais vulneráveis aos efeitos devastadores dessas neurotoxinas.
O estudo analisou 51 produtos de pasta de dente e encontrou resultados preocupantes: 90% continham chumbo, 65% apresentavam arsênico, 47% tinham mercúrio e 35% estavam contaminados com cádmio.
Entre os produtos mais contaminados estão o pó dental infantil Primal Life Dirty Mouth, que excedeu os limites da reguladora Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA para chumbo e arsênico, e o pó dental VanMan, que ultrapassou os limites de arsênico.
Diferentemente dos alimentos, onde a ingestão é a principal preocupação, as pastas de dente introduzem metais pesados por múltiplas vias. Durante a escovação, as partículas podem ser absorvidas pelas gengivas, inaladas como aerossóis ou engolidas, especialmente por crianças. Tamara Rubin, fundadora da Lead Safe Mama, classificou os resultados como “inaceitáveis em 2025”, criticando a negligência de fabricantes e reguladores diante de riscos conhecidos.
A contaminação parece estar ligada a ingredientes comuns, como hidroxiapatita (derivada de ossos de animais), carbonato de cálcio e argila bentonita, frequentemente contaminados na origem. A argila bentonita, em particular, foi identificada como uma fonte recorrente de toxinas nos produtos mais problemáticos.
Apesar da gravidade das descobertas, nenhuma das marcas implicadas anunciou recalls ou reformulações. A Procter & Gamble, empresa-mãe da Crest, defendeu seus produtos, alegando conformidade com os padrões da reguladora americana Food and Drug Administration (FDA).
Algumas empresas tentaram silenciar Rubin com cartas de cessação e desistência, enquanto outras minimizaram os resultados, alegando que traços de metais são “inevitáveis”. Rubin refuta essa justificativa, apontando os danos comprovados dessas substâncias, que incluem declínio cognitivo, atrasos no desenvolvimento e até ligações com autismo em crianças.
Crianças são particularmente vulneráveis devido ao tamanho reduzido de seus corpos e ao sistema nervoso em desenvolvimento. Mesmo exposições de baixo nível podem comprometer o QI, habilidades motoras e regulação emocional, com efeitos permanentes. Mercúrio e cádmio, por sua vez, são associados a câncer, doenças renais e problemas cardiovasculares. Marcas como Hello e Tom's of Maine, promovidas como “naturais”, estavam entre as contaminadas, agravando a traição à confiança dos consumidores.
Enquanto os reguladores não reforçam os padrões, os consumidores precisam agir por conta própria. Rubin recomenda opções sem flúor, como o creme dental Miessence Mint e o creme dental Dr. Brown’s Baby, que passaram nos testes. Além disso, defensores pedem apoio à Lei de Segurança de Alimentos para Bebês, que pode pressionar o FDA a revisar os limites para cremes dentais.
O escândalo expõe uma crise mais ampla: a priorização de lucros corporativos em detrimento da segurança e a inação de agências reguladoras. Até que mudanças ocorram, os consumidores, especialmente pais, devem redobrar a cautela ao escolher produtos de higiene bucal. Como alerta Rubin, “a confiança, assim como o chumbo, pode ser tóxica”.
Um "Coquetel Tóxico" na Rotina Diária
O estudo analisou 51 produtos de pasta de dente e encontrou resultados preocupantes: 90% continham chumbo, 65% apresentavam arsênico, 47% tinham mercúrio e 35% estavam contaminados com cádmio.
Muitos produtos continham múltiplos metais, ampliando os riscos à saúde. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), não existe um nível seguro de exposição ao chumbo, mas milhões de pessoas, sem saber, ingerem traços dessas substâncias diariamente ao escovar os dentes.
Entre os produtos mais contaminados estão o pó dental infantil Primal Life Dirty Mouth, que excedeu os limites da reguladora Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA para chumbo e arsênico, e o pó dental VanMan, que ultrapassou os limites de arsênico.
Marcas voltadas para crianças, como Hello e Orajel, também apresentaram toxinas, traindo a confiança de pais que buscam opções seguras. Apenas cinco produtos, incluindo o creme dental Orajel Training e o creme dental para bebês Dr. Brown’s, foram considerados livres de contaminação.
Como os Metais Pesados Entram no Corpo
Diferentemente dos alimentos, onde a ingestão é a principal preocupação, as pastas de dente introduzem metais pesados por múltiplas vias. Durante a escovação, as partículas podem ser absorvidas pelas gengivas, inaladas como aerossóis ou engolidas, especialmente por crianças. Tamara Rubin, fundadora da Lead Safe Mama, classificou os resultados como “inaceitáveis em 2025”, criticando a negligência de fabricantes e reguladores diante de riscos conhecidos.
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A contaminação parece estar ligada a ingredientes comuns, como hidroxiapatita (derivada de ossos de animais), carbonato de cálcio e argila bentonita, frequentemente contaminados na origem. A argila bentonita, em particular, foi identificada como uma fonte recorrente de toxinas nos produtos mais problemáticos.
Falhas Regulatórias e Respostas Corporativas
Apesar da gravidade das descobertas, nenhuma das marcas implicadas anunciou recalls ou reformulações. A Procter & Gamble, empresa-mãe da Crest, defendeu seus produtos, alegando conformidade com os padrões da reguladora americana Food and Drug Administration (FDA).
No entanto, esses padrões foram criticados por serem excessivamente permissivos: o FDA permite até 20.000 partes por bilhão (ppb) de chumbo em cremes dentais com flúor, enquanto o limite para alimentos infantis na Califórnia é de apenas 6 ppb.
Algumas empresas tentaram silenciar Rubin com cartas de cessação e desistência, enquanto outras minimizaram os resultados, alegando que traços de metais são “inevitáveis”. Rubin refuta essa justificativa, apontando os danos comprovados dessas substâncias, que incluem declínio cognitivo, atrasos no desenvolvimento e até ligações com autismo em crianças.
Crianças em Maior Risco
Crianças são particularmente vulneráveis devido ao tamanho reduzido de seus corpos e ao sistema nervoso em desenvolvimento. Mesmo exposições de baixo nível podem comprometer o QI, habilidades motoras e regulação emocional, com efeitos permanentes. Mercúrio e cádmio, por sua vez, são associados a câncer, doenças renais e problemas cardiovasculares. Marcas como Hello e Tom's of Maine, promovidas como “naturais”, estavam entre as contaminadas, agravando a traição à confiança dos consumidores.
O Que os Consumidores Podem Fazer
Enquanto os reguladores não reforçam os padrões, os consumidores precisam agir por conta própria. Rubin recomenda opções sem flúor, como o creme dental Miessence Mint e o creme dental Dr. Brown’s Baby, que passaram nos testes. Além disso, defensores pedem apoio à Lei de Segurança de Alimentos para Bebês, que pode pressionar o FDA a revisar os limites para cremes dentais.
O escândalo expõe uma crise mais ampla: a priorização de lucros corporativos em detrimento da segurança e a inação de agências reguladoras. Até que mudanças ocorram, os consumidores, especialmente pais, devem redobrar a cautela ao escolher produtos de higiene bucal. Como alerta Rubin, “a confiança, assim como o chumbo, pode ser tóxica”.