Desde o início da pandemia, milhões de pessoas relatam sintomas persistentes mesmo após a recuperação da infecção por SARS-CoV-2, um fenômeno conhecido como COVID longo. Fadiga extrema, falta de ar, dor no peito e alterações cognitivas [névoa cerebral] se tornaram sinais de alerta de uma condição que ainda desafia a medicina tradicional.
Pesquisas recentes indicam que esses sintomas duradouros podem ter uma raiz física concreta no tronco cerebral, enquanto novas evidências sugerem que a proteína spike, presente nas vacinas contra o coronavírus, também pode desempenhar um papel em alguns casos.
O tronco cerebral: o centro de comando do corpo
O tronco cerebral conecta o cérebro à medula espinhal e regula funções vitais como respiração, frequência cardíaca, pressão arterial e percepção da dor. Pequenos aglomerados de células nervosas, chamados núcleos, comandam reflexos essenciais que mantêm o corpo em equilíbrio constante.
Estudos pré-vacina, conduzidos pelas Universidades de Cambridge e Oxford, mostraram que pacientes com COVID-19 grave apresentavam inflamações persistentes nessas regiões, semanas após a hospitalização. Sintomas típicos do COVID longo, como falta de ar, fadiga e ansiedade, parecem estar diretamente ligados a alterações neuroinflamatórias no tronco cerebral.
Scanners 7-Tesla revelam o impacto invisível
Para examinar essas alterações, os pesquisadores utilizaram scanners de ressonância magnética 7-Tesla (7T), capazes de visualizar inflamações no cérebro vivo com detalhe sem precedentes.
A medula oblonga, a ponte e o mesencéfalo — partes críticas do tronco cerebral responsáveis pelo controle da respiração — apresentaram anormalidades consistentes com uma resposta imunológica pós-infecção, mesmo semanas após a internação. Isso sugere que os sintomas persistentes não são apenas psicológicos, mas têm base física concreta.
COVID longo e a proteína spike: evidências recentes
Novas análises jornalísticas e estudos preliminares indicam que o COVID longo pode ocorrer também após a vacinação, especialmente após duas doses de vacinas contra SARS-CoV-2. Segundo o The Epoch Times, a exposição à proteína spike — seja via infecção ou vacinação — pode contribuir para sintomas prolongados em algumas pessoas.
Embora oficialmente a atribuição da narrativa para maioria das vacinas seja "segura e eficaz" na prevenção da doença grave, essas observações levantam questões importantes sobre como o sistema imunológico responde à proteína spike e como essas respostas podem afetar regiões delicadas do cérebro, como o tronco cerebral.
Corpo e mente: a interconexão evidente
O tronco cerebral não regula apenas funções físicas. Ele também influencia saúde mental. Pacientes com inflamação significativa nessa região relataram maiores níveis de ansiedade e depressão, mostrando que COVID longo não é apenas uma questão de fadiga ou falta de ar, mas envolve alterações neuroimunes que impactam corpo e mente simultaneamente.
O professor James Rowe, co-líder do estudo, enfatiza:
“O tronco cerebral é a caixa de junção crítica entre nossos eus conscientes e o que está acontecendo em nossos corpos. Entender essas alterações é vital para tratar os efeitos de longo prazo de forma eficaz.”
Implicações para ciência e medicina
Este corpo de evidências abre caminho para avanços importantes:
- Diagnóstico precoce: Scanners 7T podem identificar inflamação antes que os sintomas se tornem crônicos.
- Tratamentos personalizados: Possibilidade de terapias direcionadas para reduzir a inflamação do tronco cerebral.
- Monitoramento de vacinas e respostas imunológicas: Entender como a proteína spike interage com o sistema imunológico pode ajudar a minimizar efeitos prolongados em pacientes suscetíveis.
- Reabilitação multidisciplinar: Fadiga, ansiedade e dispneia podem ser abordadas com estratégias que combinam neurologia, imunologia e psicologia.
Conclusão
O COVID longo não é apenas uma consequência psicológica ou uma fadiga persistente. Pesquisas recentes mostram que alterações físicas no tronco cerebral, muitas vezes mediadas por respostas imunológicas à infecção ou à proteína spike, podem explicar muitos sintomas duradouros.
Entender essas conexões é essencial para prevenir complicações de longo prazo, desenvolver tratamentos eficazes e oferecer suporte adequado aos milhões que vivem com sequelas da pandemia. O futuro da medicina pós-COVID depende de investigação detalhada, tecnologia de ponta e atenção à interseção entre corpo e mente.
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