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Salmonella: a bactéria sorrateira que adoece milhões e pode ser mais perigosa do que parece

Aqui está o que saber e fazer para evitar bactérias que adoecem milhões todos os anos.
Salmonella: a bactéria sorrateira que adoece milhões e pode ser mais perigosa do que parece
Você pode não se lembrar da última vez que ouviu falar da bactéria Salmonella, mas se já teve uma intoxicação alimentar severa, talvez tenha sido ela a responsável. Causadora da salmonelose, essa bactéria está entre os principais agentes de doenças transmitidas por alimentos, adoecendo cerca de 1,35 milhão de pessoas por ano apenas nos Estados Unidos — e levando milhares à hospitalização.

Embora a maioria dos casos se limite a um desconforto gastrointestinal, a Salmonella pode surpreender até os especialistas. A Dra. Elizabeth Hohmann, infectologista do Hospital Geral de Massachusetts, relata um caso em que um paciente chegou com um aneurisma na aorta abdominal, e o exame revelou uma origem improvável: uma infecção por Salmonella. “É um organismo interessante — e pode ser bem assustador”, diz ela.

Como ocorre a infecção?


A Salmonella é frequentemente associada a alimentos crus ou mal cozidos, como frango empanado, carne moída, ovos, leite não pasteurizado, frutas e verduras mal higienizadas. Até mesmo alimentos aparentemente inofensivos, como farinha e massa de biscoito crua, já estiveram no centro de surtos.

Mas os alimentos não são os únicos vilões. Animais de estimação, especialmente aves de quintal, répteis e anfíbios, também podem carregar a bactéria. Em alguns casos, até a ração de cachorro esteve ligada a surtos em múltiplos estados americanos.

Segundo a Dra. Hohmann, a Salmonella vive em fezes humanas e animais, e pode sobreviver em diversos ambientes — desde o solo até utensílios de cozinha e máquinas industriais. Por isso, o cuidado com higiene é essencial.

Quais são os sintomas?


Os sintomas mais comuns surgem entre 6 e 72 horas após a exposição e incluem dor abdominal, diarreia, náuseas e febre. A boa notícia é que a maioria dos casos se resolve sozinha em poucos dias. Mas em algumas pessoas, os sintomas podem ser mais severos, com febre alta, diarreia com sangue e vômitos intensos.

“Às vezes, os sintomas são tão leves que a pessoa nem percebe que teve salmonelose”, afirma a médica. No entanto, quadros mais graves requerem atenção médica, especialmente se persistirem por mais de três dias ou se houver sinais de desidratação.

A salmonelose pode ser perigosa?


Sim. Embora a maioria das infecções seja leve, há complicações possíveis — especialmente em pessoas vulneráveis, como crianças pequenas, idosos, grávidas e indivíduos com sistema imunológico comprometido.

Em casos raros, a bactéria pode atingir a corrente sanguínea e se espalhar para articulações, ossos, trato urinário ou até mesmo o cérebro. E em situações mais extremas, como o do paciente com aneurisma citado pela Dra. Hohmann, a Salmonella pode infectar áreas previamente danificadas por doenças vasculares.

Existe tratamento?


Na maioria das vezes, repouso, hidratação e paciência bastam. Antibióticos geralmente não são recomendados, pois podem prolongar o tempo de eliminação da bactéria e aumentar o risco de contágio para outras pessoas. No entanto, em quadros graves ou em pacientes de risco, a intervenção médica pode ser essencial.

Como se prevenir?


Evitar a Salmonella envolve medidas simples, mas fundamentais:

  • Lave bem as mãos antes de preparar alimentos e após contato com animais, usar o banheiro ou trocar fraldas.
  • Cozinhe bem carnes, ovos e produtos de origem animal.
  • Evite leite cru e derivados não pasteurizados.
  • Mantenha utensílios e superfícies da cozinha sempre higienizados.
  • Use tábuas de corte diferentes para carnes e vegetais.
  • Refrigere alimentos perecíveis rapidamente.
  • Evite o contato de crianças pequenas com animais como tartarugas, sapos e aves.

Para pessoas com imunidade comprometida, os cuidados devem ser redobrados — inclusive evitando manter certos animais de estimação.

Um alerta, não um pânico


A mensagem dos especialistas não é para gerar paranoia, mas conscientização. “Não precisamos lavar folhas de alface com sabão”, diz a Dra. Hohmann. “Mas vale a pena pensar sobre essas coisas, principalmente se você convive com pessoas mais suscetíveis — o que hoje é uma parcela crescente da população.”

A Salmonella pode ser invisível, mas com higiene e atenção, o risco pode ser significativamente reduzido.

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