Sabotando sua saúde: inflamação oculta danifica o corpo silenciosamente

Estudo revela que pacientes com psoríase aparentemente curados ainda podem carregar níveis perigosos de inflamação sistêmica
Sabotando sua saúde: inflamação oculta danifica o corpo silenciosamente

Uma nova pesquisa publicada no 'Journal of Investigative Dermatology' está redefinindo nossa compreensão sobre o tratamento de doenças inflamatórias crônicas. O estudo mostra que, mesmo quando os sintomas clínicos desaparecem e o paciente é considerado clinicamente "curado", o corpo pode continuar em um estado silencioso mas perigoso de inflamação — uma condição chamada 'inflamação residual'.

O trabalho acompanhou 209 pacientes com psoríase em três países, todos respondendo bem ao tratamento com medicamentos biológicos — drogas altamente eficazes no controle da doença. A pele dos participantes apresentava aparência saudável, os médicos consideravam o tratamento um sucesso e os próprios pacientes relatavam sentir-se livres da doença. No entanto, exames laboratoriais revelaram algo alarmante: '36% deles continuavam com níveis elevados de inflamação sistêmica', medida pela proteína C reativa (PCR) acima de 2 mg/L.

Essa inflamação persistente, embora invisível aos olhos e sem sintomas óbvios, coloca essas pessoas em risco aumentado de 'doenças cardiovasculares, danos hepáticos e morte prematura' — consequências muito mais graves do que os próprios sintomas da psoríase.

Quando o sucesso não é o suficiente


O conceito de inflamação residual desafia o entendimento tradicional do sucesso terapêutico. Até agora, acreditava-se que o desaparecimento dos sintomas fosse sinal de recuperação completa. Mas este estudo mostra que isso nem sempre é verdade.

“É como se o corpo tivesse vencido a batalha na superfície, mas ainda estivesse lutando uma guerra silenciosa por dentro”, explica um dos autores do estudo. “A ausência de sintomas não significa necessariamente a ausência de dano.”

Esse tipo de inflamação contínua parece estar profundamente ligado à presença de gordura visceral, aquela que envolve os órgãos internos e produz substâncias inflamatórias constantemente. Imagens avançadas mostraram que muitos dos pacientes com inflamação residual tinham excesso dessa gordura abdominal, independentemente do peso total.

O papel do fígado: o esquecido no combate à inflamação


Um dos achados mais surpreendentes foi o impacto direto dessa inflamação oculta sobre o fígado. Marcadores sanguíneos e exames de imagem indicaram aumento da atividade inflamatória não apenas no fígado, mas também na medula óssea e no baço — sistemas-chave do sistema imunológico.

“O fígado é o principal órgão responsável por filtrar toxinas e regular a resposta inflamatória do corpo”, afirma outro pesquisador envolvido no estudo. “Quando ele é afetado, entra em um ciclo vicioso: a inflamação prejudica sua função e, com isso, o corpo fica ainda mais intoxicado.”

O que fazer diante disso?


Os resultados do estudo trazem implicações importantes para além da psoríase. Pessoas com outras condições inflamatórias crônicas, como artrite reumatoide, lúpus ou doença inflamatória intestinal, devem estar alertas para o fato de que controlar os sintomas visíveis não é o mesmo que resolver a inflamação sistêmica.

Especialistas sugerem algumas estratégias práticas:

  • - Testes de inflamação: Um exame simples, como a PCR de alta sensibilidade, pode detectar inflamação residual antes que cause danos irreversíveis.
  • - Foco na saúde do fígado: Nutrientes como cardo mariano, N-acetilcisteína e ácido alfa-lipóico podem ajudar na regeneração hepática, mas sempre com orientação médica.
  • - Redução da gordura visceral: Isso vai além da perda de peso geral; é preciso atuar diretamente na resistência à insulina e no equilíbrio metabólico.
  • - Alimentação anti-inflamatória: Ômega-3, vegetais coloridos, antioxidantes e especiarias como o açafrão podem complementar o tratamento farmacológico.
  • - Desintoxicação natural: Hidratação adequada, sono reparador e redução da exposição a toxinas ambientais são fundamentais para manter o corpo funcionando em harmonia.

Conclusão


Este estudo serve como um alerta urgente: não podemos nos contentar com a melhora dos sintomas. É necessário ir além — investigar, monitorar e tratar a inflamação onde ela realmente importa, dentro do corpo. Para milhões de pessoas vivendo com doenças inflamatórias crônicas, esse novo conhecimento pode ser a diferença entre controlar uma doença e realmente curá-la.
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Fonte:
Journal of Investigative Dermatology – Estudo sobre inflamação residual em pacientes com psoríase sob tratamento biológico.

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