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Geoengenharia: Reino Unido Anuncia Plano para 'Escurecer o Sol' com Pulverização Química no Céu

Enquanto o governo do Reino Unido está pronto para começar a pulverização pública de produtos químicos, Bill Gates está envolvido há algum tempo.


O Guardian informou recentemente que cientistas do Reino Unido, apoiados pelo próprio governo, estão se preparando para experimentos de geoengenharia ao ar livre para pulverizar partículas tóxicas no céu. Isso envolve a liberação de aerossóis reflexivos projetados para devolver parte da energia do sol ao espaço – essencialmente, um protetor solar gigante para o planeta. Isso já vem sendo feito silenciosamente em várias partes do mundo.

Por anos, os chamados "chemtrails" – ou rastros químicos deixados por aviões no céu em todo o mundo – foram motivo de piada e desdém. Apresentadores de notícias zombavam dos teóricos da conspiração, cientistas rotulavam essas ideias como pseudociência e o público em geral as descartava como fantasias infundadas de fóruns obscuros da internet. 

No entanto, uma revelação recente do governo britânico pode fazer com que até os maiores céticos reconsiderem suas posições. O que antes era tachado como paranoia agora ganha contornos preocupantemente reais: os céus sobre o Reino Unido (E no mundo) estão sendo usados para experimentos oficiais de geoengenharia climática.

O novo plano vem com uma série de possíveis opções de controle climático pendentes de aprovação do governo, informou o The Telegraph. Entre essas abordagens está a geoengenharia solar, um conjunto de tecnologias que busca manipular artificialmente o clima global ao diminuir a quantidade de luz solar que atinge a Terra. No entanto, apesar das intenções de combater a "mudança climática descontrolada", esse tipo de intervenção levanta sérias questões éticas, científicas e ambientais.

O Plano Britânico e a Geoengenharia Solar


O governo britânico anunciou planos para financiar experimentos de geoengenharia solar por meio da Agência de Pesquisa e Invenção Avançada (ARIA), com um orçamento de £ 50 milhões (cerca de R$ 335 milhões
). A ideia central desses projetos é injetar aerossóis na atmosfera ou iluminar nuvens para refletir parte da luz solar de volta ao espaço. Essas intervenções visam imitar fenômenos naturais, como as erupções vulcânicas, que temporariamente resfriam o planeta ao lançar partículas refletivas na atmosfera.

Embora os defensores argumentem que esses experimentos são necessários para coletar "dados físicos do mundo real" e testar modelos computacionais, os riscos associados a essa abordagem não podem ser ignorados. O professor Mark Symes, diretor do programa ARIA, afirma que os experimentos serão "seguros por design" e reversíveis, mas a história mostra que intervenções em larga escala no ambiente natural frequentemente têm consequências imprevistas e irreversíveis.

Riscos Ambientais e Climáticos


Um dos principais perigos da geoengenharia solar é sua potencial capacidade de alterar os padrões climáticos globais de maneira drástica (Efeito adverso global)

Enquanto o governo do Reino Unido está pronto para começar a pulverização pública de produtos químicos, Bill Gates está envolvido em tais atividades há algum tempo, enquanto Alex Jones vem expondo a prática há décadas.

"Os efeitos colaterais potenciais da geoengenharia incluem secas regionais, quebras de safra ou mudanças nos padrões climáticos. Um estudo de 2015 do Centro Geomar Helmholtz sugeriu que mesmo os métodos combinados de geoengenharia podem não impedir que as temperaturas subam além de 2 ° C até 2100, e a interrupção abrupta pode desencadear um aquecimento rápido, conhecido como 'choque de terminação'", disse a Modernity News.

Refletir luz solar pode parecer uma solução simples, mas isso pode perturbar sistemas climáticos delicadamente equilibrados. Por exemplo:

Impacto nas Monções : Regiões densamente povoadas, como o sul e o leste da Ásia, dependem das monções para irrigação agrícola e abastecimento de água. Se esses ciclos forem interrompidos, bilhões de pessoas poderão enfrentar crises alimentares e hídricas sem precedentes.

Perda de Ozônio : Aerossóis liberados na atmosfera podem reagir quimicamente com compostos presentes na camada de ozônio, ampliando o buraco de ozônio e aumentando a exposição da população aos raios ultravioleta.

Poluição do Ar : A introdução de novas partículas na atmosfera pode exacerbar problemas respiratórios em áreas urbanas já afetadas pela má qualidade do ar.

Além disso, há o risco de criar uma dependência permanente dessas tecnologias. Uma vez iniciada, a geoengenharia solar precisaria ser mantida indefinidamente, pois qualquer interrupção repentina poderia causar um "efeito rebote", resultando em um aquecimento global acelerado e potencialmente catastrófico.

Questões Éticas e Governança Global


Outro ponto crítico é a falta de governança global adequada para regulamentar a geoengenharia solar. Quem decide quando e onde essas tecnologias devem ser implementadas? E quem será responsabilizado pelos danos colaterais?

Empresas privadas, como a startup israelense-americana Stardust, estão explorando maneiras de desenvolver e comercializar tecnologias de geoengenharia sem supervisão significativa. A Stardust planeja pulverizar partículas de aerossol através de aeronaves, uma abordagem que, se mal executada, pode ter consequências globais imprevisíveis. Como destacado pelo relatório da Wired.com , “se um projeto de geoengenharia der errado, isso afetará o mundo inteiro”.

Essa descentralização do controle climático levanta preocupações sobre interesses corporativos superando o bem-estar coletivo. Além disso, países menos desenvolvidos – muitas vezes os mais vulneráveis aos impactos climáticos – provavelmente não terão voz nessas decisões, perpetuando assimetrias de poder já existentes.

Alternativas Sustentáveis à Geoengenharia Solar


Em vez de apostar em soluções tecnológicas arriscadas e não testadas, seria mais prudente investir em medidas preventivas e sustentáveis. Reduzir as emissões de gases de efeito estufa, promover energias renováveis, restaurar florestas e proteger ecossistemas marinhos são estratégias comprovadas que oferecem benefícios a longo prazo sem colocar o planeta em risco.

A geoengenharia solar deve ser vista como um último recurso, e não como uma solução mágica para os problemas climáticos. Como afirmado por RFK Jr., ativista contra os chamados "chemtrails", é fundamental evitar práticas que possam transformar deliberadamente a atmosfera sem compreender plenamente suas implicações.

Conclusão


A proposta de manipular artificialmente o clima global por meio da geoengenharia solar é uma faca de dois gumes. Embora possa parecer uma solução rápida para o aquecimento global, os riscos ambientais, sociais e éticos associados são enormes. Alterar o equilíbrio natural da Terra pode ter consequências imprevisíveis e desestabilizadoras, além de concentrar poder em poucas mãos, seja de governos ou empresas privadas.

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